quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rain


Aquela noite ficou gravada na memória dele para sempre. Todos os cheiros, todas as sensações... A chuva fria que caía sobre a pele aquecida pelo momento, o cheiro dela que pairava pelo ar, misturado suavemente com o doce aroma da relva molhada, o sangue a ferver nas veias... Cada toque, cada arrepio, cada descarga de adrenalina. Tudo gravado para sempre num ficheiro em que não se distinguiam sonhos de realidade, arquivado com as imagens mais doces e frenéticas que a mente humana pode arquitectar.
Adrenalina constante.
Fim e eternidade.
Sonhos e pesadelos.
Preto e branco.
Verdade e mentira.
Necessidade e desprezo.
Almas unidas numa só, que se viriam a completar para sempre. Opostos que nunca se atrairiam por serem tão parecidos.

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