quinta-feira, 24 de julho de 2008

Emptiness


Alheei-me de tudo. Parei, sentei-me e fiquei em silêncio durante as duas horas mais estranhas da minha vida. Nada fazia sentido, pelo que nem valia a pena pensar. A luz brilhava alta, sombria, sorridente. A chuva caía forte sobre os meus pensamentos, difundindo-se com as lágrimas de confusão que entretanto me tinham escapado dos olhos. Um refúgio, um vazio...um pedaço de nada. E a lua continuava a sorrir para mim, melancólica. A noite estava calma e perfeita.
Tentei manter a minha mente vazia, mas ela insistia em chamar o coração para uma conversa de varanda entre vizinhos. Cantei, chorei, gritei o mais alto que pude para não ouvir os lamentos de todos os erros que cometi, o sofrimento que causei e todas as mentiras que vivi. Mas não era o suficiente. A razão falava sempre mais alto. E de repente gerou-se a confusão.
Os vizinhos discutiam agora mais alto. A mente falava céptica do que era suposto ser racional e o coração gritava o quão intensa seria a irracionalidade.
De repente, a chuva parou. A lua brilhou o mais forte que conseguiu. O vento soprou, gelado. Tão gelado que congelou a minha mente e parou a discussão, deixando o coração assumir o poder da minha vida.
Finalmente, paz.

***

E nisto, a rapariga de cabelos negros encaracolados adormeceu no colo do vampírico vulto, de rosto voltado para o abismo.

1 comentário:

Anónimo disse...

aaahhh ta bem.... stephanie meyer a mais ? nao ? xD